@article{100966, keywords = {Hanseníase, Tratamento, Prevenção, clínica, adultos}, author = {Maganhin Luquetti C and Maria Eugênia Costa Casagrande and Victória Campos Giongo and Patrícia Gabriela Aquino de Oliveira and Gabriela Ludmyla Pereira Marques and Leonardo Cortes de Aguiar Franco and Deborah Maranhão Cordeiro Tenório and Caroline Alves Tedeschi de Sá and Bruno Cardoso Nelaton and Eduarda Indio da Costa Aguinaga and Beatriz Miraglia Canella and Melissa Gisel Torrez Encinas and Gisele Lavarini da Costa and Ana Carolina Nahhas Scandelari and Gabriel Muniz Manholer and Carla Cristina Maganhin }, title = {Hanseníase: tratamento e prevenção}, abstract = {

Introdução: A Hanseníase é uma infecção da pele e dos nervos periféricos causada por Mycobacterium leprae e Mycobacterium lepromatose. É uma importante preocupação global de saúde, mas é amplamente incompreendida. A hanseníase não é altamente contagiosa (ao contrário da crença popular), e um tratamento eficaz está disponível. No entanto, carrega um pesado fardo de estigma. O diagnóstico e o tratamento precoces são necessários para minimizar a probabilidade de danos irreversíveis nos nervos, levando à incapacidade permanente envolvendo as mãos, pés e olhos. Nem todos os pacientes têm acesso à terapia apropriada, e nem todos os países têm infraestrutura adequada para apoiar os esforços de controle. Em todo o mundo, o número de programas dedicados à hanseníase está diminuindo, e a migração internacional está trazendo pacientes com Hansen para quase todas as regiões.

Objetivos: discutir aspectos clínicos da hanseníase em adultos, bem como tratamento e prevenção.

Metodologia: Revisão de literatura a partir de bases de dados da Scielo, da PubMed e da BVS, de abril a junho de 2024, com descritores "leprosy", "clinic", "treatment", "prevention, "adults". Incluíram-se artigos de 2019-2024 (total 23), com exclusão de outros critérios e escolha de 05 artigos na íntegra.

Resultados e discussão: A hanseníase afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. O comprometimento dos nervos provoca dormência e fraqueza nas áreas controladas pelos nervos afetados. Os sintomas de hanseníase geralmente só aparecem > 1 ano após a infecção (em média 5 a 7 anos). Assim que os sintomas aparecem, progridem lentamente. Hanseníase tuberculoide (doença de Hansen paucibacilar): lesões cutâneas consistem em uma ou algumas máculas hipoestésicas, centralmente hipopigmentadas, com bordas nítidas e elevadas. O exantema, como em todas as formas de hanseníase, não é pruriginoso. As áreas afetadas por esse exantema ficam dormentes por causa das lesões nos nervos periféricos subjacentes e podem estar muito aumentadas. Hanseníase lepromatosa (doença de Hansen multibacilar): grande parte da pele e muitas áreas do corpo, como os rins, o nariz e os testículos, podem ser afetadas. Os pacientes apresentam máculas, pápulas, nódulos, ou placas cutâneas, que frequentemente são simétricos. A neuropatia periférica é mais grave do que na hanseníase tuberculoide com mais áreas dormentes; certos grupos musculares podem estar fracos. Os pacientes podem apresentar ginecomastia, perder cílios e sobrancelhas. Hanseníase indeterminada (também denominada multibacilar): há características tanto da hanseníase tuberculoide quanto da lepromatosa. Sem tratamento, a hanseníase indeterminada pode se tornar menos grave e mais parecida com a forma tuberculoide ou pode piorar e parecer mais com a forma lepromatosa. Os antibióticos podem interromper a progressão da hanseníase, mas não revertem os danos aos nervos ou as deformidades. Assim, a detecção e o tratamento precoces são de vital importância. Devido à resistência aos antibióticos, são utilizados esquemas com vários fármacos. Os fármacos escolhidos dependem do tipo de hanseníase; a hanseníase multibacilar necessita de esquemas mais potentes e de maior duração que a paucibacilar. Como a hanseníase não é muito contagiosa, o risco de propagação é baixo. Apenas a forma lepromatosa não tratada é contagiosa, mesmo assim a infecção não se propaga facilmente. Mas deve-se monitorar nos contatos domiciliares (especialmente crianças) dos pacientes com hanseníase o aparecimento de sinais e sintomas de hanseníase. Uma vez iniciado o tratamento, a hanseníase não pode ser transmitida.

Conclusão: O tratamento depende da forma da hanseníase, mas envolve esquemas com múltiplos fármacos tipicamente utilizando dapsona, rifampicina e, para multibacilar, clofazimina e, para paucibacilar, dapsona e rifampicina.

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