@article{101777, keywords = {Hanseníase, Conhecimento, Estigma Social, Relações Familiares}, author = {Rego de Queiroz TD and Macson da Silva N and Lima Rodrigues Maia AM and Vale e Silva J and Gurgel Cosme do Nascimento E}, title = {Vivências, anseios e preconceitos entre pessoas com hanseínse e seus familiares}, abstract = {

Introdução: A hanseníase é uma patologia infectocontagiosa crônica fortemente atravessada por imaginários sociais que afetam vivências e práticas coletivas e individuais de cuidados em saúde. Os avanços tecnocientíficos de controle da doença não parecem ser proporcionalmente acompanhados de mudanças nas suas representações e simbologias a fim de minorar estigmas e preconceitos historicamente acumulados. 

Objetivo: O estudo analisou vivências, anseios e preconceitos vividos por pessoas com hanseníase em seu âmbito familiar. 

Metodologia: Estudo qualitativo realizado por meio de 18 entrevistas com pessoas com hanseníase e seus familiares, moradores do munícipio de Mossoró, no Rio Grande do Norte, residentes em bairros com maior incidência e prevalência da doença e atendidos em um Centro de Especialidades Médicas. 

Resultados: Contatou-se que o cenário familiar influencia amplamente o modo de vida da pessoa com hanseníase, sendo esta compreensão fundamental para a produção dos cuidados exigidos pela doença. Predomina o desconhecimento da doença em seus aspectos biológicos, o que favorece anseios e medos relativos à transmissão. A família, por ser decisiva no cotidiano da pessoa doente, pode configurar-se como apoio relevante ou, na direção inversa, como amplificadora de barreiras e preconceitos sociais. A religiosidade aparece como aspecto de grande influência nas vivências em torno da hanseníase. Já os preconceitos são os instrumentos que conduzem a pessoa doente a processos de exclusão social, impactando sua qualidade de vida. 

Conclusão: Explorar as vivências de pessoas com hanseníase e familiares possibilita intervenções mais eficazes, pois permite elaborar com maior precisão o suporte social de que necessitam e as estratégias de manejo da doença.

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