@article{102059, keywords = {Leprosy, Epidemiology, Public health , Brazil, Mycobacterium lepraemurium}, author = {Xavier dos Anjos M and Beatriz Mendes Deiró A and Luiza Santos Schulze Peixinho A and Rafaella Barreto Sousa B and Gama Santos F and Santos da Costa L and Jacobina Brito Passos M and Brito Diniz Gonçalves Queiroz R}, title = {Descrição da tendência temporal e fatores clínico-epidemiológicos associados à hanseníase no Brasil}, abstract = {

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, afetando principalmente nervos periféricos, pele, olhos e, ocasionalmente, órgãos internos. Embora tratável, a progressão da doença sem diagnóstico precoce pode causar incapacidades físicas. O Brasil é o segundo país com mais casos no mundo, com maior concentração na região Nordeste.

Objetivo: Descrever a tendência temporal da hanseníase no Brasil (2013-2023) e analisar fatores clínico-epidemiológicos relacionados à sua prevalência.

Metodologia: Estudo epidemiológico, exploratório, descritivo e quantitativo com dados de hanseníase notificados no SINAN (DATASUS). Foram analisados registros de brasileiros diagnosticados entre 2013 e 2023, excluindo não residentes e registros incompletos. Variáveis incluíram ano de diagnóstico, região, UF, sexo, raça, escolaridade, entre outros. Dados foram analisados no Excel 365.

Resultados: No período analisado, foram notificados 332.785 casos, sendo 42,64% na região Nordeste. Os estados com maior prevalência foram Mato Grosso (12,41%), Maranhão (11,80%) e Pará (9,73%). A maioria dos pacientes era do sexo feminino (56,94%), parda (60,86%), com idade entre 50 e 59 anos (19,10%) e ensino fundamental incompleto (24,71%). Em termos clínicos, 73,81% eram multibacilares, 61,09% apresentaram grau 0 de incapacidade física e 72,42% estavam em tratamento com poliquimioterapia. Houve redução de casos ao longo do período, com picos em 2014, 2013 e 2018, e o menor número de casos em 2023.

Conclusões: Os resultados evidenciam a relevância de ações voltadas para o diagnóstico precoce e controle da hanseníase, sobretudo em áreas endêmicas como o Nordeste brasileiro. A redução no número de casos pode refletir melhorias nas estratégias de controle, embora desafios como estigmatização e acesso desigual aos serviços de saúde ainda persistam.

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