03665nas a2200169 4500000000100000008004100001260003500042653001700077653002600094653001900120653001000139100003000149245010000179856010200279300000900381520310500390 2024 d bInstituto Lauro de Souza Lima 10aResistência10a Mycobacterium leprae10aFluorquinolona10a gyrB1 aCrivari de Almeida Lima G00aDetecção de mutações relacionadas a droga resistência no gene gyrB do Mycobacterium leprae uhttps://docs.bvsalud.org/biblioref/2024/05/1554138/tcc-gyrb-monografia-finalizada-110324_gc-1.pdf a1-343 a

No Mycobacterium leprae (M. leprae) a resistência aos antimicrobianos dapsona (DDS), rifampicina (RIF) e ofloxacina (OFLO) se dá, primariamente, pela ocorrência de mutações em sequências conservadas dos genes folP1, rpoB e gyrA. Na rotina do Instituto Lauro de Souza Lima, muitos pacientes que apresentam clínica compatível com recidiva a qual poderia estar associada a resistência, apresentam perfil de suscetibilidade sensível a DDS, RIF e OFLO pelos mecanismos conhecidos. Existem vários outros mecanismos de resistência, bem como outros genes que podem ser pesquisados. Na rede de vigilância de resistência no Brasil, para fluorquinolonas, apenas as mutações em gyrA são pesquisadas na rotina, e, portanto, não temos dados sobre mutações em gyrB. No gene gyrB as mutações nos códons 214 (Val214Gly), 464 (Asp464Asn) e 503 (Thr503Ile) foram associadas com resistência à OFLO em M. leprae. O objetivo deste projeto é a detecção de mutações em gyrB por sequenciamento direto de DNA genômico de M. leprae. Para isso, foram utilizadas 52 amostras de DNA do banco de amostras do ILSL selecionadas entre julho de 2021 a dezembro de 2023, as quais já foram testadas por sequenciamento direto na rotina de investigação de resistência em hanseníase do ILSL para mutações já descritas. Foram utilizados dois pares de primers para amplificar e sequenciar as amostras pela metodologia de sequenciamento Sanger. As sequências foram analisadas utilizando-se o software Mega11. O Par 1, o qual permite avaliar polimorfismo no códon 214, enquanto que o Par 3, nos códons 464 e 503. As amostras eram em maioria (53,84%) do sexo masculino, 92,19% maiores de 20 anos com média da idade de 51 anos. Procedentes de vários estados brasileiros, com destaque para SP e MT. Cerca de 92,30% dos casos (48/52) eram multibacilares e 51,92% das amostras provenientes de pacientes com hanseníase virchowiana (MHV). Do total de casos, 55,70% foram associados a situações de falência terapêutica, seguida por casos novos, 19,23% e 11,54% de casos de recidiva da doença. A maioria (59,61%) fez PQT/MB, destes cerca de 74,19% trataram por 24 meses. O sequenciamento do gene gyrB pelo Par 1 foi eficiente em aproximadamente 98,07% dos isolados de M. leprae e pelo Par 3, 69,23%. Entretanto, nenhuma amostra foi polimórfica no gene gyrB e uma amostra apresentou polimorfismo não relacionado a droga resistência no códon 207 (Ile207Ile). Nossos resultados corroboram com a literatura, mostrando que mutações em gyrB é pouco frequente em M. leprae.