02520nas a2200169 4500000000100000008004100001260004700042653001700089653001400106653001800120653002000138100003000158245008300188856013900271300000900410520193100419 2024 d bUniversidade Federal de Mato Grosso do Sul10aHanseníase 10a Covid-1910aEpidemiologia10aSaúde Pública1 aCaserta Tencatt Abrita AP00aA Hanseníase no Mato Grosso do Sul: Período pré e pós-pandemia de Covid-19 uhttps://repositorio.ufms.br/retrieve/400afeff-8d45-4c97-bd0a-586912b85bbd/tese%20ANA%20PAULA%20ABRITA%20-%20vers%c3%a3o%20final%20.pdf a1-663 a
O presente trabalho teve como objetivo investigar o impacto da pandemia da Covid-19 na taxa de notificação de hanseníase no Mato Grosso do Sul, período de 2017-2022. Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo, de cunho descritivo e correlacional. Foram analisadas todas as notificações de diagnóstico de hanseníase realizadas no Mato Grosso do Sul e na unidade de referência ao tratamento da doença, Hospital São Julião, localizado em Campo Grande, MS no período de 2017 a 2022. Os dados foram obtidos a partir da Plataforma de Indicadores e Dados Básicos da Hanseníase nos municípios brasileiros, baseada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, e banco de dados baseado nas Fichas de Notificação Compulsória de Hanseníase realizadas pelo Hospital São Julião, Campo Grande, MS. Os dados foram analisados descritivamente e estatisticamente no software SPSS versão 23.0, já os mapas de espacialização da doença no território sul-mato-grossense foram desenvolvidos a partir do software Qgis 3.28.9. Quanto ao perfil sociodemográfico dos casos, houve predomínio de multibacilares, sexo masculino e em idade ativa. Houve diminuição estatisticamente significativa na análise de comparação entre o número de notificações de hanseníase no período pré e pós-pandemia no âmbito nacional, estadual e de hospital referência. Também foi identificada diferença quanto ao grau de incapacidade física (GIF), com maior proporção de casos com grau 0 no pré-pandemia e grau 1 no pós-pandemia (p=0,003). Tais dados apontam para a possibilidade de subnotificação de casos de hanseníase no estado do Mato Grosso do Sul, reforçando a necessidade de fortalecimento de ações voltadas a identificação e diagnóstico de casos, a fim de reduzir sequelas provocadas pela doença sem tratamento e mitigar os prejuízos no âmbito socioeconômico regional.