03078nas a2200193 4500000000100000008004100001260007800042653001600120653003700136653001400173653002300187653002100210653001500231100002100246245013300267856011600400300000900516520235900525 2024 d bUniversidade de São Paulo. Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais10aHanseníase10aSubpopulações de linfócitos B10aImunidade10aImunohistoquímica10aImunopatogênese10atratamento1 aFroes Junior LAR00aSubconjuntos de linfócitos B nas lesões cutâneas da hanseníase tuberculoide, indeterminada, virchowiana e estados reacionais uhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-27062024-161004/publico/LuisAlbertoRibeiroFroesJunior.pdf a1-553 a

Introdução: a hanseníase, uma doença infecciosa crônica, envolve uma interação complexa de respostas imunológicas. Enquanto extensa pesquisa tem se concentrado na imunidade celular, o papel dos linfócitos B, incluindo os linfócitos B-1, linfócitos B da Zona Marginal (MZB), linfócitos B Reguladores (Bregs) e linfócitos B Efetores-1 (Be1), permanece menos elucidado. Este estudo tem como objetivo investigar a distribuição desses subconjuntos de linfócitos B em lesões cutâneas de hanseníase, contribuindo para uma melhor compreensão da patogenia da hanseníase.

Métodos: análises imunohistoquímicas e morfométricas foram realizadas para examinar a presença de subconjuntos de linfócitos B em vários subtipos de hanseníase. O estudo focou na distribuição de linfócitos B CD20+, juntamente com a quantificação de seus subconjuntos (linfócitos B1, MZB, Bregs e Be1) nas lesões cutâneas de diferentes formas clínicas da hanseníase e estados reacionais.

Resultados: Os linfócitos B predominaram em lesões tuberculoides, enquanto a expressão de MZB-1 exibiu heterogeneidade entre os subtipos de hanseníase. Lesões de Reação Tipo 1 (RT1) apresentaram contagens celulares de linfócitos B-1 e MZB significativamente mais altas em comparação com Reação Tipo 2 (RT2), hanseníase virchowiana (HV) e hanseníase indeterminada (HI). Curiosamente, a expressão de PAX5/MZB-1 (linfócitos B-1 e MZB) revelou padrão muito semelhante à expressão de PAX5/CD5 (apenas linfócitos B1), com expressão predominante no polo Th1. Em estados reacionais, especialmente RT1, todos os subconjuntos de linfócitos B estavam presentes em número significativamente maior que nos demais grupos. Os linfócitos Be1, associados a resposta Th1, estavam marcadamente presentes na RT1 e na forma tuberculóide (HT). Linfócitos Bregs foram consistentemente escassos em todos os grupos, mas foram mais frequentes na RT1.

Discussão: este estudo demonstra pela primeira vez a presença e distribuição de subconjuntos de linfócitos B em lesões de hanseníase e sua potencial influência na resposta imunológica. Tais achados poderão contribuir para o desenvolvimento de novas terapias-alvo e refinamento do manejo da doença.