05347nas a2200385 4500000000100000008004100001260002700042653001600069653001500085653001600100653001300116653001200129100002400141700003700165700002900202700004300231700003800274700003800312700004100350700003600391700002700427700003700454700003000491700003400521700003000555700003600585700002800621700002900649245004200678856006600720300001200786490000600798520414300804022001404947 2024 d bNilton Lins University10aHanseníase10aTratamento10aPrevenção10aclínica10aadultos1 aMaganhin Luquetti C1 aMaria Eugênia Costa Casagrande 1 aVictória Campos Giongo 1 aPatrícia Gabriela Aquino de Oliveira 1 aGabriela Ludmyla Pereira Marques 1 aLeonardo Cortes de Aguiar Franco 1 aDeborah Maranhão Cordeiro Tenório 1 aCaroline Alves Tedeschi de Sá 1 aBruno Cardoso Nelaton 1 aEduarda Indio da Costa Aguinaga 1 aBeatriz Miraglia Canella 1 aMelissa Gisel Torrez Encinas 1 aGisele Lavarini da Costa 1 aAna Carolina Nahhas Scandelari 1 aGabriel Muniz Manholer 1 aCarla Cristina Maganhin 00aHanseníase: tratamento e prevenção uhttps://journalmbr.com.br/index.php/jmbr/article/view/233/205 a131-1410 v13 a
Introdução: A Hanseníase é uma infecção da pele e dos nervos periféricos causada por Mycobacterium leprae e Mycobacterium lepromatose. É uma importante preocupação global de saúde, mas é amplamente incompreendida. A hanseníase não é altamente contagiosa (ao contrário da crença popular), e um tratamento eficaz está disponível. No entanto, carrega um pesado fardo de estigma. O diagnóstico e o tratamento precoces são necessários para minimizar a probabilidade de danos irreversíveis nos nervos, levando à incapacidade permanente envolvendo as mãos, pés e olhos. Nem todos os pacientes têm acesso à terapia apropriada, e nem todos os países têm infraestrutura adequada para apoiar os esforços de controle. Em todo o mundo, o número de programas dedicados à hanseníase está diminuindo, e a migração internacional está trazendo pacientes com Hansen para quase todas as regiões.
Objetivos: discutir aspectos clínicos da hanseníase em adultos, bem como tratamento e prevenção.
Metodologia: Revisão de literatura a partir de bases de dados da Scielo, da PubMed e da BVS, de abril a junho de 2024, com descritores "leprosy", "clinic", "treatment", "prevention, "adults". Incluíram-se artigos de 2019-2024 (total 23), com exclusão de outros critérios e escolha de 05 artigos na íntegra.
Resultados e discussão: A hanseníase afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. O comprometimento dos nervos provoca dormência e fraqueza nas áreas controladas pelos nervos afetados. Os sintomas de hanseníase geralmente só aparecem > 1 ano após a infecção (em média 5 a 7 anos). Assim que os sintomas aparecem, progridem lentamente. Hanseníase tuberculoide (doença de Hansen paucibacilar): lesões cutâneas consistem em uma ou algumas máculas hipoestésicas, centralmente hipopigmentadas, com bordas nítidas e elevadas. O exantema, como em todas as formas de hanseníase, não é pruriginoso. As áreas afetadas por esse exantema ficam dormentes por causa das lesões nos nervos periféricos subjacentes e podem estar muito aumentadas. Hanseníase lepromatosa (doença de Hansen multibacilar): grande parte da pele e muitas áreas do corpo, como os rins, o nariz e os testículos, podem ser afetadas. Os pacientes apresentam máculas, pápulas, nódulos, ou placas cutâneas, que frequentemente são simétricos. A neuropatia periférica é mais grave do que na hanseníase tuberculoide com mais áreas dormentes; certos grupos musculares podem estar fracos. Os pacientes podem apresentar ginecomastia, perder cílios e sobrancelhas. Hanseníase indeterminada (também denominada multibacilar): há características tanto da hanseníase tuberculoide quanto da lepromatosa. Sem tratamento, a hanseníase indeterminada pode se tornar menos grave e mais parecida com a forma tuberculoide ou pode piorar e parecer mais com a forma lepromatosa. Os antibióticos podem interromper a progressão da hanseníase, mas não revertem os danos aos nervos ou as deformidades. Assim, a detecção e o tratamento precoces são de vital importância. Devido à resistência aos antibióticos, são utilizados esquemas com vários fármacos. Os fármacos escolhidos dependem do tipo de hanseníase; a hanseníase multibacilar necessita de esquemas mais potentes e de maior duração que a paucibacilar. Como a hanseníase não é muito contagiosa, o risco de propagação é baixo. Apenas a forma lepromatosa não tratada é contagiosa, mesmo assim a infecção não se propaga facilmente. Mas deve-se monitorar nos contatos domiciliares (especialmente crianças) dos pacientes com hanseníase o aparecimento de sinais e sintomas de hanseníase. Uma vez iniciado o tratamento, a hanseníase não pode ser transmitida.
Conclusão: O tratamento depende da forma da hanseníase, mas envolve esquemas com múltiplos fármacos tipicamente utilizando dapsona, rifampicina e, para multibacilar, clofazimina e, para paucibacilar, dapsona e rifampicina.
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