Introdução: A hanseníase é uma doença causada por microbactérias que afetam em especial nervos, mucosas e pele. Mesmo sendo uma doença muito antiga, a incidência de novos casos ainda é muito grande. Brasil se destaca como um dos países com maior quantidade de novos casos todo ano. Em regiões endêmicas com antígeno circulante, pode-se notar o aumento da incidência de casos de hanseníase em crianças, funcionando como um indicador de áreas mais afetadas.
Objetivo: Analisar a hanseníase na infância.
Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa na base de dados PUBMED utilizando os descritores “(PEDIATRIC OR CHILDHOOD) AND LEPROSY” para artigos publicados entre 2019 e 2024.
Resultados: Ainda que a hanseníase tenha sido erradicada nacionalmente, alguns países como Cuba, China, Indonésia e Brasil apresentam regiões endêmicas específicas, geralmente com aumento de casos de hanseníase infantil. Um estudo de coorte prospectivo realizado no Brasil demonstrou que mesmo após o tratamento são comuns a manifestação de sintomas. A idade entre 8 e 14 anos, classificação multibacilar e mais de 10 lesões cutâneas ou formas virchownianas se relacionaram significativamente com desfechos mais graves da doença. O disgnóstico da doença é predominantemente clínico, mas técnicas laboratoriais tendem a indicar com sucesso o diagnóstico, principalmente na presença de manifestações raras. No que tange ao tratamento, as drogas e a posologia de escolha devem levar em conta a idade.
Conclusão: O aumento da taxa de incidência de hanseníase em crianças pode servir como um poderoso indicador de regiões endêmicas da doença, onde a bactéria possa estar em constante circulação, visto que geralmente a transmissão ocorre por meio do contato e em indivíduos mais suscetíveis, no caso as crianças. Para auxílio do diagnóstico, é indicado o uso de exames como o esfregaço. A dose do tratamento varia de acordo com o tipo da doença, peso e idade da criança.
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