02942nas a2200217 4500000000100000008004100001260003600042653002900078653002500107653002200132653001500154100002300169700002000192700002500212700002600237700002900263245009800292300001000390520231000400022001402710 2024 d bFaculdade de Medicina de Campos10aControle epidemiológico10aDiagnóstico Precoce10aExame de contatos10aHanseniase1 aNogueira França T1 aMachado Calil V1 aSilva Soares Untar V1 aCruz Pessanha Costa N1 aPellegrini Nahn Junior E00aHanseníase: a importância do exame de contatos no controle epidemiológico - relato de caso a71-713 a
A hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, caracterizada por sinais e sintomas dermatoneurológicos. O homem é o único reservatório natural do bacilo, que possui predileção pela célula de Schwann do sistema nervoso periférico e macrófagos cutâneos. A principal via de transmissão é o trato respiratório, com possíveis ocorrências via pele erodida. Secreções como leite, esperma, suor e secreção vaginal contêm bacilos, mas não são significativas na disseminação da doença. De acordo com a OMS e o Ministério da Saúde (2024), o Brasil é o segundo país com maior incidência de hanseníase, ressaltando a necessidade de identificação precoce através do exame de contatos. Esta estratégia visa detectar novos casos entre indivíduos que convivem ou conviveram com pacientes confirmados, independentemente da classificação e estado clínico do paciente. O teste rápido, que detecta anticorpos contra o Mycobacterium leprae, é essencial para o diagnóstico precoce e tratamento imediato, reduzindo casos avançados. O acompanhamento por cinco anos após o diagnóstico é crucial para monitorar a resposta ao tratamento, prevenir recaídas e gerenciar efeitos adversos, contribuindo para a eficácia do tratamento e minimização das sequelas. Ilustramos dois casos recentes do Programa Municipal de Controle de Hanseníase de Campos dos Goytacazes destacando a importância do exame de contatos. O primeiro caso envolve uma paciente de 34 anos, diagnosticada com hanseníase tuberculóide após sua irmã ser diagnosticada com a doença. O segundo caso refere-se a uma paciente de 50 anos, cuja filha diagnosticada com hanseníase virchowiana com alta há 4 anos, tendo a mãe sido examinada anteriormente, mas somente apresentando lesão cutânea anos depois. Estes casos enfatizam a necessidade do exames de todos os contatos, realização do teste rápido e acompanhamento por cinco anos daqueles reativos, seguindo as normas protocolares do Ministério da Saúde, e continuidade do acompanhamento para reduzir a transmissão e prevenir complicações graves. A colaboração entre os serviços de saúde e a conscientização pública é essencial para eliminar a hanseníase como um problema de saúde pública.
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