02640nas a2200205 4500000000100000008004100001653001600042653001700058653001900075653002600094100002300120700002200143700002700165700001900192700003300211245008600244856007700330300001200407520201500419 2025 d10aHanseníase10aConhecimento10aEstigma Social10aRelações Familiares1 aRego de Queiroz TD1 aMacson da Silva N1 aLima Rodrigues Maia AM1 aVale e Silva J1 aGurgel Cosme do Nascimento E00aVivências, anseios e preconceitos entre pessoas com hanseínse e seus familiares uhttps://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/57228/36440 a655-6623 a

Introdução: A hanseníase é uma patologia infectocontagiosa crônica fortemente atravessada por imaginários sociais que afetam vivências e práticas coletivas e individuais de cuidados em saúde. Os avanços tecnocientíficos de controle da doença não parecem ser proporcionalmente acompanhados de mudanças nas suas representações e simbologias a fim de minorar estigmas e preconceitos historicamente acumulados. 

Objetivo: O estudo analisou vivências, anseios e preconceitos vividos por pessoas com hanseníase em seu âmbito familiar. 

Metodologia: Estudo qualitativo realizado por meio de 18 entrevistas com pessoas com hanseníase e seus familiares, moradores do munícipio de Mossoró, no Rio Grande do Norte, residentes em bairros com maior incidência e prevalência da doença e atendidos em um Centro de Especialidades Médicas. 

Resultados: Contatou-se que o cenário familiar influencia amplamente o modo de vida da pessoa com hanseníase, sendo esta compreensão fundamental para a produção dos cuidados exigidos pela doença. Predomina o desconhecimento da doença em seus aspectos biológicos, o que favorece anseios e medos relativos à transmissão. A família, por ser decisiva no cotidiano da pessoa doente, pode configurar-se como apoio relevante ou, na direção inversa, como amplificadora de barreiras e preconceitos sociais. A religiosidade aparece como aspecto de grande influência nas vivências em torno da hanseníase. Já os preconceitos são os instrumentos que conduzem a pessoa doente a processos de exclusão social, impactando sua qualidade de vida. 

Conclusão: Explorar as vivências de pessoas com hanseníase e familiares possibilita intervenções mais eficazes, pois permite elaborar com maior precisão o suporte social de que necessitam e as estratégias de manejo da doença.