02986nas a2200289 4500000000100000008004100001260005800042653001200100653001700112653001900129653001100148653003100159100002300190700002800213700003600241700002900277700001800306700002200324700002800346700003700374245011100411856006700522300000700589490000600596520208000602022001402682 2025 d bBrazilian Journal of Implantology and Health Sciences10aLeprosy10aEpidemiology10aPublic health 10aBrazil10aMycobacterium lepraemurium1 aXavier dos Anjos M1 aBeatriz Mendes Deiró A1 aLuiza Santos Schulze Peixinho A1 aRafaella Barreto Sousa B1 aGama Santos F1 aSantos da Costa L1 aJacobina Brito Passos M1 aBrito Diniz Gonçalves Queiroz R00aDescrição da tendência temporal e fatores clínico-epidemiológicos associados à hanseníase no Brasil uhttps://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/download/5478/5418 a130 v73 a

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, afetando principalmente nervos periféricos, pele, olhos e, ocasionalmente, órgãos internos. Embora tratável, a progressão da doença sem diagnóstico precoce pode causar incapacidades físicas. O Brasil é o segundo país com mais casos no mundo, com maior concentração na região Nordeste.

Objetivo: Descrever a tendência temporal da hanseníase no Brasil (2013-2023) e analisar fatores clínico-epidemiológicos relacionados à sua prevalência.

Metodologia: Estudo epidemiológico, exploratório, descritivo e quantitativo com dados de hanseníase notificados no SINAN (DATASUS). Foram analisados registros de brasileiros diagnosticados entre 2013 e 2023, excluindo não residentes e registros incompletos. Variáveis incluíram ano de diagnóstico, região, UF, sexo, raça, escolaridade, entre outros. Dados foram analisados no Excel 365.

Resultados: No período analisado, foram notificados 332.785 casos, sendo 42,64% na região Nordeste. Os estados com maior prevalência foram Mato Grosso (12,41%), Maranhão (11,80%) e Pará (9,73%). A maioria dos pacientes era do sexo feminino (56,94%), parda (60,86%), com idade entre 50 e 59 anos (19,10%) e ensino fundamental incompleto (24,71%). Em termos clínicos, 73,81% eram multibacilares, 61,09% apresentaram grau 0 de incapacidade física e 72,42% estavam em tratamento com poliquimioterapia. Houve redução de casos ao longo do período, com picos em 2014, 2013 e 2018, e o menor número de casos em 2023.

Conclusões: Os resultados evidenciam a relevância de ações voltadas para o diagnóstico precoce e controle da hanseníase, sobretudo em áreas endêmicas como o Nordeste brasileiro. A redução no número de casos pode refletir melhorias nas estratégias de controle, embora desafios como estigmatização e acesso desigual aos serviços de saúde ainda persistam.

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