02705nas a2200217 4500000000100000008004100001653001200042653001700054653002300071653001500094653001600109653001300125100001700138700001700155700002600172245008800198856008200286300000700368490000700375520210500382 2017 d10aleprosy10aEpidemiology10aNeglected Diseases10aPrevention10aAdolescents10aChildren1 aFreitas BHBM1 aCortela DDCB1 aBenevides Ferreira SM00aTendência da hanseníase em menores de 15 anos em Mato Grosso (Brasil), 2001-2013. uhttp://www.scielo.br/pdf/rsp/v51/pt_0034-8910-rsp-S1518-87872017051006884.pdf a280 v513 a
OBJETIVO
Identificar a tendência histórica dos indicadores epidemiológicos de hanseníase em menores de 15 anos no estado de Mato Grosso.
MÉTODOS
Estudo descritivo com análise de tendência dos indicadores de hanseníase em menores de 15 anos registrados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação de Mato Grosso, no período de 2001 a 2013. Utilizou-se o procedimento de Prais-Winsten para análise de regressão linear generalizada, adotando-se nível de significância de 5%. Consideraram-se como série temporal crescente quando a annual percent change era positiva, decrescente quando negativa e estacionária quando não havia diferença significante entre seu valor e o zero.
RESULTADOS
Foram analisados 2.455 casos de hanseníase e o coeficiente médio de incidência em menores de 15 anos foi de 22,7/100 mil habitantes. A tendência geral do coeficiente de incidência foi decrescente, com uma annual percent change de -5,5% (IC95% -7,5–3,5). Observou-se tendência de crescimento, com incremento de 6,7% (IC95% 2,7–10,8) na proporção dos casos multibacilares, de 9,4% (IC95% 4,4–14,7) nos casos com forma clínica dimorfa e de 14% (IC95% 7,9–20,4) nos casos com incapacidade física grau 2 no momento do diagnóstico da doença. Verificou-se crescimento na proporção dos contatos de casos novos examinados, com incremento de 4,1% (IC95% 1,2–7,1) e média da proporção de cura considerada precária (39,7%) com tendência estacionária.
CONCLUSÕES
A tendência histórica dos casos de hanseníase em menores de 15 anos mostrou-se decrescente no período. Entretanto, as tendências dos indicadores epidemiológicos, como a proporção de casos multibacilares, de incapacidade física grau 2 e de cura, indicam o diagnóstico tardio com permanência de fontes de transmissibilidade e consequente agravo da endemia no estado de Mato Grosso.