02669nas a2200193 4500000000100000008004100001653001200042653001400054653001700068653002100085653003300106653002000139653002600159100001500185245013800200856003200338300000700370520209800377 2018 d10aleprosy10aAnalgesia10aChronic pain10aneuropathic pain10aPeripheral nerve stimulation10aNeuromodulation10aPeripheral neuropathy1 aFreitas TS00aNeuromodulação do sistema nervoso periférico para tratamento da or neuropática na mononeuropatia hansênica: Seguimento em un ano uhttp://tinyurl.com/y2chwuw4 a783 a

1) Objetivo: a Hanseníase afeta cerca de 10 a 15 milhões de pacientes em todo o mundo e continua sendo um importante problema de saúde pública. A dor crônica secundária à hanseníase é a principal causa de morbidade, e seu tratamento continua sendo um desafio. Avaliamos a viabilidade e segurança da estimulação de nervos periféricos para a tratamento da mononeuropatia dolorosa secundária à hanseníase que é refratária à terapia farmacológica e à intervenção cirúrgica (descompressão).

2) Métodos: Entre 2011 e 2013, 23 pacientes com mononeuropatia dolorosa secundária à hanseníase foram recrutados para este estudo prospectivo de casos. Todos os pacientes foram refratários ao tratamento conservador otimizado e à descompressão neurocirúrgica. A dor foi avaliada ao longo do estudo utilizando-se a escala de dor neuropática e a escala analógica visual para dor. Inicialmente, os pacientes foram submetidos a implante com um eletrodo temporário que estava conectado a um estimulador externo, sendo feito teste com estimulação do nervo periférico por sete dias. Pacientes com melhora de mais de 50% nas escalas de dor receberam um implante definitivo. Os seguimentos foram realizados aos 1, 3, 6 e 12 meses.

3) Resultados: após sete dias de teste, 10 pacientes apresentaram redução de dor de 50% ou superior. No acompanhamento de 12 meses,no segundo estágio, seis dos 10 pacientes submetidos à implantação permanente de dispositivo apresentaram redução de dor de 50% ou maior (redução de 75% em média) e dois pacientes apresentaram redução de dor de 30%. Dois pacientes apresentaram migração de eletrodos que exigiu o reposicionamento durante o período de seguimento de 12 meses.

4) Conclusões: a estimulação do nervo periférico pode ter utilidade significativa no tratamento da mononeuropatia dolorosa secundária à hanseníase, em longo prazo. Estudos futuros, em uma população maior, devem ser realizados para corroborar nossos achados e permitir a implementação clínica dessa técnica.