03067nas a2200265 4500000000100000008004100001260003100042653003000073653001100103653002400114653003600138653001500174653001200189653002400201653002200225653003400247653002100281653002900302100001400331245011800345856003200463300000800495490003100503520226700534 2018 d bInstituto Aggeu Magalhães10aAnálise Espaço-Temporal10aBrazil10aCondições Sociais10aDeterminantes Sociais da Saúde10aHanseniase10aleprosy10aRegressão Espacial10aSocial Conditions10aSocial determinants of health10aSpace Regression10aSpatio-Temporal Analysis1 aSouza CDF00aHanseníase e determinantes sociais da saúde: Uma abordagem a partir de métodos quantitativos- Bahia, 2001-2015 uhttp://tinyurl.com/yynv44s6 a1690 vDoctorate in Public Health3 a
O Brasil configura-se como o único país que ainda não alcançou a meta de eliminação da doença enquanto problema de saúde pública. Como as demais doenças negligenciadas, a hanseníase guarda estreita relação com as condições sociais e econômicas nas quais as pessoas vivem. Desse modo, este trabalho tem como objetivo analisar a dinâmica temporal e espacial da hanseníase no estado da Bahia no período de 2001 a 2015 e os determinantes sociais associados à ocorrência da doença. Estudo ecológico misto. Foram selecionados dez indicadores epidemiológicos. Variáveis independentes: seis indicadores sintéticos de desempenho socioeconômico, 17 variáveis desagregadas e um Indicador de Carência Social. Na etapa 1, analisou-se a tendência dos indicadores epidemiológicos utilizando o modelo de regressão segmentada e distribuição espacial utilizando a estatística de varredura espacial e de Moran. Na etapa 2, buscou-se, dentre os indicadores sintéticos de desempenho, aqueles que estabelecessem associação com a hanseníase. Na etapa 3, repetiram-se essas mesmas análises para as variáveis desagregadas selecionadas. Na etapa 4, as variáveis que compuseram os modelos anteriores foram utilizadas para a construção do ICS. Observou-se declínio da prevalência, do abandono e de mulheres doentes. A taxa de grau II e a proporção de casos multibacilares apresentaram tendência de crescimento. A distribuição espacial foi heterogênea com concentração em três regiões de destaque (norte, oeste e sul do estado). Foi encontrada associação entre a detecção de hanseníase e o Índice de Performance Socioeconômica, densidade demográfica, proporção da população urbana, valor médio da renda per capita, proporção de extremamente pobres e número de domicílios com mais de três pessoas por dormitório. A análise do ICS mostrou ampla distribuição da pobreza no estado e associação estatisticamente significativa com a hanseníase. Duas dimensões de determinantes foram evidenciadas: as boas condições de vida atuam como determinantes do diagnóstico, facilitando-o, e, em longo prazo, influenciam no risco de adoecimento, reduzindo-o. Já as más condições de vida possuem efeito inverso.