02672nas a2200133 4500000000100000008004100001260010500042100001500147700001900162700001600181245012600197856007200323520214300395 2023 d bSeminário de Iniciação Científica e Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE)1 aErpen G. G1 aBevilaqua J. F1 aXavier P. B00aA persistência da hanseníase no brasil: problemas na detecção precoce ou falta de interesse das políticas de saúde? uhttps://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/download/33323/187133 a

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobaterium leprae, que acomete a pele, mucosas e principalmente nervos periféricos, podendo causar neuropatia e complicações de caráter crônico, incluindo deformidades e deficiências. Apesar de curável, ainda representa um grande problema de saúde pública, sendo no Brasil considerada uma doença negligenciada.

Objetivo: Analisar a ocorrência de casos novos de hanseníase no Brasil nos últimos 5 anos. Método: Foi realizada uma revisão de literatura com base nas plataformas Scielo e Boletins Epidemiológicos, onde foram selecionadas 5 publicações de 2018 a 2023, disponíveis na Língua Inglesa ou Portuguesa. Foram usados os descritores: "hanseníase" e "prevalência da hanseníase no Brasil".

Resultados: Entre 2017 e 2021, foram diagnosticados no Brasil 119.698 casos de hanseníase. Em 2021, Mato Grosso apresentou a maior detecção geral, 58,76 casos novos por 100 mil habitantes; o Tocantins ocupou a segunda posição, com 47,97 casos novos por 100 mil habitantes. Em 2022, foram diagnosticados 14.962 casos, sendo 645 em menores de 15 anos. O Maranhão apresentou o maior número de casos novos na população geral (1.860), e desses, 148 eram em menores de 15 anos, seguido de Mato Grosso, Pernambuco, Bahia e Pará. Casos em menores de 15 anos também foram registrados no Mato Grosso (79) e Pernambuco (67), o que indicam focos de transmissão ativa, importante para o monitoramento da endemia.

Conclusão: Considerando a Estratégia Global de Hanseníase 2021–2030 “Rumo à zero hanseníase”, observa-se que as disparidades regionais resultam na manutenção da doença, sendo as regiões mais pobres as mais endêmicas. A detecção precoce e redução de incapacidades estão relacionadas à eficiência dos serviços de atenção básica de saúde. O desinteresse em investimentos econômicos para pesquisa e políticas públicas para combater essa enfermidade, refletem na persistência da hanseníase no Brasil.