A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, estigmatizante e incapacitante, além de ser considerada tropical negligenciada que pode ocasionar graves deformidades quando não tratada correta e precocemente. Os dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2022, mais de 17 mil novos casos de hanseníase foram diagnosticados no Brasil. Em 2021, o número de registros alcançou 18 mil casos, com 11,2% dos pacientes considerados como grau 2 de incapacidade física, proporcionando repercussões negativas quanto ao desempenho das atividades de vida diária (AVD’s). O uso de tecnologia assistiva (TA) pode ser um recurso potencial para a melhoria do desempenho do indivíduo ao realizar suas atividades funcionais. Diante disso, este estudo objetivou desenvolver um dispositivo de tecnologia assistiva de baixo custo para ampliação do repertório ocupacional de pessoas com hanseníase com grau II de incapacidade física. Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal, com abordagem descritiva, quantitativa e exploratória. Os participantes foram avaliados com o uso dos protocolos sobre a qualidade de vida e a escala Screening of Activity Limitation and Safety Awarenees (SALSA) com e sem o uso da órtese funcional. A pesquisa foi realizada na Unidade Básica de Saúde da Vila de Santo Antônio do Prata (CNES n° 2312042), município de Igarapé Açu-PA, onde aconteceram as avaliações, reavaliações e treinamento do uso do dispositivo. A construção e desenvolvimento dos protótipos foram realizados no laboratório de tecnologia assistiva (LABTA) da Universidade do Estado do Pará (UEPA). O dispositivo desenvolvido neste estudo foi acoplado externamente ao nível da mão e do antebraço, caracterizando, assim, uma das funções de uma órtese (alinhamento e fixação). Também favoreceu a substituição da função de preensão dos dedos que estavam em padrão de garra e com reabsorção óssea, permitindo que a mão segurasse objetos de tamanhos e formas variadas. Conclui-se que, o protótipo desenvolvido neste estudo favoreceu a funcionalidade dos participantes da pesquisa a um custo bem acessível, assim como proporcionou o desenvolvimento de um equipamento com um design diferenciado e de fácil utilização para indivíduos com sequelas graves do tipo mão em garra com reabsorção óssea causadas pela hanseníase.
BT - Revista Foco DO - 10.54751/revistafoco.v17n3-144 IS - 3 LA - Por N2 -A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, estigmatizante e incapacitante, além de ser considerada tropical negligenciada que pode ocasionar graves deformidades quando não tratada correta e precocemente. Os dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2022, mais de 17 mil novos casos de hanseníase foram diagnosticados no Brasil. Em 2021, o número de registros alcançou 18 mil casos, com 11,2% dos pacientes considerados como grau 2 de incapacidade física, proporcionando repercussões negativas quanto ao desempenho das atividades de vida diária (AVD’s). O uso de tecnologia assistiva (TA) pode ser um recurso potencial para a melhoria do desempenho do indivíduo ao realizar suas atividades funcionais. Diante disso, este estudo objetivou desenvolver um dispositivo de tecnologia assistiva de baixo custo para ampliação do repertório ocupacional de pessoas com hanseníase com grau II de incapacidade física. Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal, com abordagem descritiva, quantitativa e exploratória. Os participantes foram avaliados com o uso dos protocolos sobre a qualidade de vida e a escala Screening of Activity Limitation and Safety Awarenees (SALSA) com e sem o uso da órtese funcional. A pesquisa foi realizada na Unidade Básica de Saúde da Vila de Santo Antônio do Prata (CNES n° 2312042), município de Igarapé Açu-PA, onde aconteceram as avaliações, reavaliações e treinamento do uso do dispositivo. A construção e desenvolvimento dos protótipos foram realizados no laboratório de tecnologia assistiva (LABTA) da Universidade do Estado do Pará (UEPA). O dispositivo desenvolvido neste estudo foi acoplado externamente ao nível da mão e do antebraço, caracterizando, assim, uma das funções de uma órtese (alinhamento e fixação). Também favoreceu a substituição da função de preensão dos dedos que estavam em padrão de garra e com reabsorção óssea, permitindo que a mão segurasse objetos de tamanhos e formas variadas. Conclui-se que, o protótipo desenvolvido neste estudo favoreceu a funcionalidade dos participantes da pesquisa a um custo bem acessível, assim como proporcionou o desenvolvimento de um equipamento com um design diferenciado e de fácil utilização para indivíduos com sequelas graves do tipo mão em garra com reabsorção óssea causadas pela hanseníase.
PB - South Florida Publishing LLC PY - 2024 SP - 1 EP - 11 T2 - Revista Foco TI - Análise biomecânica e do design de um dispositivo assistivo para pacientes com hanseníase com grau ii de incapacidade física UR - https://ojs.focopublicacoes.com.br/foco/article/view/4745/3377 VL - 17 SN - 1981-223X ER -