Perfil clínico e epidemiológico da hanseníase em menores de 15 anos no estado do Maranhão, 2011 a 2021
Objetivo: Conhecer o comportamento epidemiológico e o perfil clínico dos casos de hanseníase em menores de 15 anos, no estado do Maranhão no Brasil, entre os anos de 2011 e 2021.
Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo e abordagem quantitativa, baseado em dados retrospectivos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação /Ministério da Saúde do Brasil.
Resultados: Constatou-se que no período entre 2011 e 2021 foram registrados 3.918 casos de hanseníase na faixa etária de 1 a 14 anos no estado do Maranhão no Brasil, dos quais 53,9% eram do sexo masculino; 45,4% cursaram da 5ª a 8ª série do ensino fundamental; 69,6% eram da cor parda. A forma clínica dimorfa se apresentou em 45,7% dos casos e 69,6% não tiveram episódio reacional. Os casos multibacilares representaram 59,9%; 71,7% não tinham incapacidades enquanto 12% tinham incapacidade Grau I. Após alta por cura, 46,5% não apresentavam incapacidade; variável em branco representaram 35,9% dos casos. Sendo o esquema poliquimioterápico, PQT/MB/12 doses, utilizado em 59,7% dos participantes.
Conclusão: Há necessidade de implementação de ações educativas sobre a doença, para que a população saiba sobre a transmissão, prevenção e tratamento, onde cabe ao Estado mobilizar recursos que possam ser investidos em políticas públicas voltadas para a educação em saúde, e assim promover o acesso ao diagnóstico e tratamento adequados.
English Abstract:
Objective: To understand the epidemiological behavior and clinical profile of leprosy cases in children under 15 years of age, in the state of Maranhão in Brazil, between 2011 and 2021.
Methodology: Epidemiological, descriptive study with a quantitative approach, based on retrospective data recorded in the Notifiable Diseases Information System / Ministry of Health of Brazil.
Results: It was found that in the period between 2011 and 2021, 3,918 cases of leprosy were registered in the age group of 1 to 14 years in the state of Maranhão in Brazil, of which 53.9% were male; 45.4% attended the 5th to 8th grade of elementary school; 69.6% were brown. The dimorphic clinical form was present in 45.7% of cases and 69.6% did not have a reactional episode. Multibacillary cases represented 59.9%; 71.7% had no disabilities while 12% had a Grade I disability. After discharge due to cure, 46.5% had no disability; blank variable represented 35.9% of cases. The polychemotherapy regimen MDT/MB/12 doses was used in 59.7% of participants.
Conclusion: There is a need to implement educational actions about the disease, so that the population knows about transmission, prevention and treatment, where it is up to the State to mobilize resources that can be invested in public policies aimed at health education, and thus promote the access to adequate diagnosis and treatment.