Estratégias de enfrentamento, limitação de atividades diárias e participação social de idosos que têm ou tiveram hanseníase
Objetivo: Avaliar a limitação na realização de atividades de vida diária, a participação social e as estratégias de enfrentamento (coping) de idosos que têm ou tiveram hanseníase.
Método: Foram avaliados 70 participantes em um centro de referência para hanseníase na região Sudeste no Brasil, com 60 anos ou mais no ano de 2017. Coletaram-se dados sociodemográficos e clínicos, Grau de Incapacidade da Organização Mundial de Saúde, e aplicaram-se os protocolos SALSA, Participação Social e Inventário de Coping. Os dados foram digitados em planilha Excel e analisados no programa estatístico Epi Info 7.2.6.0.
Resultados: Dentre os idosos, 91,4% tinham limitação nas atividades diárias, 48,6% com restrições à participação social e 64,3% com grau de incapacidade 2. As estratégias de enfrentamento mais utilizadas foram: “reavaliação positiva” (70%), “autocontrole” (67,2%), “resolução de problemas” (65,7%), “suporte social” (65,7%) e “afastamento” (62,9%). O tempo de convivência prolongado e a adaptação funcional às suas atividades podem justificar a utilização das estratégias de enfrentamento positivas, mesmo na presença de deficiências físicas, limitações nas atividades diárias e participação social.
Conclusão: Os dados obtidos podem auxiliar a equipe de saúde no planejamento e execução de ações mais eficazes de prevenção e reabilitação, a fim dos idosos alcançarem melhor qualidade de vida.
English Abstract:
Objective: Evaluate the limitation in carrying (coping) out activities of daily living, social participation and coping strategies of elderly people who have or have had leprosy.
Method: Were evaluated seventy participants in a Leprosy Reference Center in Brazil, aged sixty years or older in 2017. Sociodemographic and clinical data were collected, as well as the assessment of the World Health Organization’s Degree of Disability, and the Salsa, Social Participation and Coping Inventory protocols were applied. The data was entered into an Excel spreadsheet and analyzed using the Epi Info 7.2.6.0 statistical program.
Results: Among the aged, 91.4% had limitation in daily activities, 48.6% with restrictions on social participation and 64.3% with disability grade 2. The most used coping strategies were: “positive feedback” (70%), “self-control” (67.2%), “problem solving” (65.7%), “social support” (65.7%) and “removal” (62.9%). The prolonged living time and functional adaptation to their activities may justify the use of positive coping strategies, even in the presence of physical disabilities and limitations in daily activities and social participation.
Conclusion: The data obtained can help the healthcare team to plan and execute effective actions of prevention
and rehabilitation, for the elderly achieve better quality of life.
Spanish Abstract:
Objetivo: Evaluar la limitación en la realización de actividades de vida cotidiana, la participación social y las estrategias de afrontamiento (coping) de ancianos que tienen o tuvieron lepra.
Método: Fueron evaluados 70 participantes en un centro de referencia para lepra en la región Sudeste de Brasil, con 60 años o más en el año de 2017. Fueron recogidos datos sociodemográficos y clínicos, Grado de Discapacidad de la Organización Mundial de la Salud, y fueron aplicados los protocolos SALSA, Participación Social e Inventario de Coping. Los datos fueron digitados en hoja Excel y analizados en programa estadístico Epi Info 7.2.6.0.
Resultados: Entre losancianos, 91,4% tenían limitaciones en las actividades cotidianas; 48,6% con restricciones a la participación social y 64,3% con grado de discapacidad 2. Las estrategias de afrontamiento más utilizadas fueron: “revaluación positiva” (70%), “autocontrol” (67,2%), “resolución de problemas” 65,7%), “soporte social” (65,7) y “alejamiento” (62, 9%). El tiempo alargado de convivencia y la adaptación funcional a sus actividades pueden justificar la utilización de las estrategias de enfrentamiento positivas, aunque en la presencia de discapacidades físicas, limitaciones en las actividades cotidianas y participación social.
Conclusión: Los datos obtenidos pueden ayudar el equipo de salud en la planificación y ejecución de acciones más eficientes de prevención y rehabilitación, con el objetivo de los ancianos obtengan mejor calidad de vida.