Healing of leprosy-associated chronic plantar wounds with a novel biomembrane containing latex proteins from Calotropis procera
Pre-clinical assays demonstrated that a 1% polyvinyl alcohol biomembrane containing latex proteins (10%) from the medicinal plant Calotropis procera was biocompatible and stimulated healing of incisional and excisional wounds in murine models, and the mechanistic aspects were established. The efficacy of the biomembrane (BioMemCpLP) to promote healing of chronic ulcers in leprosy patients was investigated. The study started with 28 volunteers. Five were excluded later due to different disconformities. Ulcers from 15 patients were continuously treated with BioMemCpLP for 56 days. Five patients were treated only with silver sulfadiazine and three patients received plain hydrocolloid wound dressings with high absorption capacity. In all cases, wound dressings were renewed three times a week for 56 days and ulcers were evaluated weekly for contraction and healing progress. The extent of the healed area in the ulcers treated with BioMemCpLP was greater than in the control groups. Approximately 88% of ulcers treated with BioMemCpLP were fully healed before day 56, against 6% in both control groups. This result was not correlated with age/gender, duration or location of ulcers, deformity or whether or not the patient was cured of leprosy. The results showed that BioMemCpLP was beneficial for treatment of ulcers suffered by leprosy patients without noticeable side effects.
Portuguese Abstract:
Ensaios pré-clínicos demonstraram que uma biomembrana composta de álcool polivinílico a 1%, contendo proteínas de látex (10%) obtidas da planta medicinal Calotropis procera (Aiton) era biocompatível e estimulava a cicatrização de feridas incisionais e excisionais em modelos murinos, e aspectos mecanísticos foram estabelecidos. No estudo atual, foi investigada a eficácia da biomembrana (BioMemCpLP) em promover a cicatrização de úlceras crônicas em pacientes acometidos de hanseníase. O estudo foi iniciado com 28 voluntários. Cinco foram excluídos, posteriormente, por diferentes desconformidades. Úlceras de 15 pacientes foram tratadas continuamente com BioMemCpLP durante 56 dias. Outros cinco pacientes foram tratados apenas com sulfadiazina de prata e mais três pacientes receberam curativos simples de hidrocoloide com alta capacidade de absorção. Em todos os casos, os curativos foram renovados três vezes por semana e as úlceras foram avaliadas semanalmente quanto à contração e ao progresso da cicatrização, durante 56 dias. A extensão da área cicatrizada, nas úlceras tratadas com BioMemCpLP, foi maior do que nos dois grupos controles. Aproximadamente 88% das úlceras tratadas com BioMemCpLP foram totalmente curadas, antes do dia 56 de tratamento, contra 6% em ambos os grupos de controle. Esse resultado não foi correlacionado com idade/sexo, tempo de lesão ou localização das úlceras, deformidade ou se o paciente alcançou ou não a cura da hanseníase. Os resultados mostraram que a BioMemCpLP foi benéfica no tratamento de úlceras sofridas por pacientes com hanseníase, sem efeitos colaterais perceptíveis.